quarta-feira, 23 de maio de 2012

Berço Seguro

Por Dr. Kelson Rudy Ferrarini



O berço é o local onde o recém-nascido e o bebê, nos primeiros meses de vida, passam a maior parte do seu tempo. Por isso, deve ser seguro e estável. No Brasil, a certificação de berços deve obedecer às normas técnicas da ABNT (NBR 15860) e do Inmetro (NBR 15860-1 e 15860-2).



As principais recomendações de segurança são:


- Colocar o bebê de barriga para cima;


- Assegurar-se que a cabeça do bebê esteja descoberta o tempo todo;


- Não deixar nenhum objeto solto no berço (travesseiro, almofada, protetores, brinquedos de pelúcia, etc.). Eles podem causar risco de sufocação, asfixia e estrangulamento;


- É perigoso cobrir o bebê, se for necessário usar uma coberta, deve estar na altura do peito para baixo e presa firmemente nas laterais e pé do berço. Pijamas inteiros com pezinhos ou saquinhos de dormir são alternativas mais seguras.


- O colchão deve ser firme e de tamanho adequado nos quatro lados do berço;


- O berço nunca deve estar perto ou embaixo da janela, mesmo que tenha grade;


- Não deixar babá eletrônica nem equipamentos com fio dentro do berço ou próximos ao bebê;


- Ler e guardar as instruções de montagem do berço para eventuais consultas;


- Se você escolher um berço com rodas, elas devem ter travas, que devem estar acionadas todo o tempo;


- O estrado deve ser feito de uma só placa de madeira, e é importante que possa ter altura regulável. A posição mais baixa é a mais segura e deve ser adotada assim que o bebê consiga sentar-se sozinho;


- O colchão deve ser de espuma e não plastificado. A densidade recomendada para crianças pequenas é a D18, plano, duro, não deformável e perfeitamente ajustado ao berço. Vire o colchão pelo menos uma vez por mês e substitua imediatamente se apresentar alguma deformação.


- As grades devem sempre ser mantidas elevadas. Evite comprar modelo de berço que tenha grades móveis. As grades e as traves devem ser arredondadas e o espaço ideal entre as traves varia entre 4 e 6 cm, e a altura das laterais do berço (medida desde a parte de cima do colchão) deve ter pelo menos 60 centímetros;


- Se você colocar um móbile para distrair o bebê, prenda firmemente ao berço, numa altura tal que não possa ser alcançado e puxado pelo bebê, principalmente quando ele começa a sentar. Caso contrário, pode servir de apoio para a criança se levantar – com o risco de feri-la ao se quebrar.


Nem todo equipamento destinado às crianças, desde o nascimento, oferece a segurança necessária. Assim, ao adquirir qualquer móvel infantil, os pais devem levar em consideração não a beleza e os acessórios, mas sim avaliar sua qualidade e se certificarem que seja seguro.



Dr. Kelson Rudy Ferrarini
Rua Jussara, 3534 | 44 3056 5616 | Umuarama-PR

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Andador: perigoso e desnecessário!

Por Dr. Guilherme Guerra





Desde 2007, é proibido vender, importar, e mesmo fazer propaganda de andador para bebês no Canadá. Apesar de ainda muito popular no Brasil, para bebês de 6 a 15 meses, o andador não é recomendado pelos pediatras.

A literatura científica tem colocado por terra todas estas teses. A idéia de que o andador é seguro é a mais errada delas. A pesquisadora sueca, Ingrid Emanuelson publicou uma análise dos casos de traumatismo craniano moderado em crianças menores de quatro anos, que considerou o andador o produto infantil mais perigoso, seguido por equipamentos de playground. A cada ano são realizados cerca de dez atendimentos nos serviços de emergência para cada mil crianças com menos de um ano de idade, provocados por acidentes com o andador. Isto corresponde a pelo menos um caso de traumatismo para cada duas a três crianças que o utilizam. Em um terço dos casos, as lesões são graves, geralmente fraturas ou traumas cranianos, necessitando hospitalização. Algumas crianças sofrem queimaduras, intoxicações e afogamentos relacionados diretamente com o uso do andador, mas a grande maioria sofre quedas; dos casos mais graves, cerca de 80% são de quedas de escadas.

É verdade que o andador confere independência à criança. Contudo, um dos maiores fatores de risco para traumas em crianças é dar independência demais numa fase em que ela ainda não tem a mínima noção de perigo. Colocar um bebê de menos de um ano num verdadeiro veículo que pode atingir a velocidade de até 1 m/s equivale a entregar a chave do carro a um menino de dez anos. Crianças até a idade escolar exigem total proteção.

O andador atrasa o desenvolvimento psicomotor da criança. Bebês que utilizam andadores levam mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio. Além disso, engatinham menos e têm escores inferiores nos testes de desenvolvimento.

O exercício físico é muito prejudicado pelo uso do andador, pois, embora ele confira mais mobilidade e velocidade, a criança precisa despender menos energia com ele do que tentando alcançar o que lhe interessa com seus próprios braços e pernas.

Por fim, trata-se de uma grande falácia dizer que a satisfação e o sorriso de um bebê valem qualquer risco. Um bebê de um ano fica radiante com muito menos do que isso: basta sentar na sua frente, fazer caretas para ele e lhe contar histórias ou jogar uma bola.

Dizer que o andador torna a criança mais fácil de cuidar revela preguiça, desinteresse ou falta de disponibilidade do cuidador. Caso o adulto realmente não tenha condições de ficar o tempo todo ao lado do bebê, é mais seguro colocá-lo num cercado com brinquedos. Cercá-lo de um ambiente protetor, com dispositivos de segurança, como grades ou redes nas janelas; estas são medidas de proteção passiva, muito mais efetiva.

Existe um movimento muito intenso na Europa e nos Estados Unidos visando a implantar uma lei semelhante à canadense, uma vez que todas as estratégias educativas têm falhado na prevenção dos traumatismos por andadores.


Enquanto este progresso não chega ao Brasil, continuamos contando com o bom senso dos pais, no sentido de não expor os bebês a um produto perigoso e absolutamente desnecessário.
Fonte: SBP


Dr. Guilherme Soares Guerra
Av. Rio Branco, 4488 | 44 3624 2673| Umuarama-PR

terça-feira, 15 de maio de 2012

Amor: Adote esta idéia!




A maternidade e a paternidade se dão em um contexto muito maior do que somente a relação biológica. Os filhos do coração são aqueles aos quais os pais se doam, com amor e com afeto. E isso independe de serem filhos biológicos ou não.


"O ato de adotar envolve optar por estar próximo, pois as relações de amor profundo não se dão só pela via dos laços de sangue, mas também pelos laços de amor, do relacionamento e no cuidado para com o outro", diz a psicóloga Janete Knoll Inforzato. "Sendo assim, os laços de amor são criados por este gesto. A entrega total deste amor, vai revelando o ‘feitos um para o outro’. Os sentimentos que a cada momento surgem são um mistério e ao mesmo tempo uma imensa magia que só aqueles que os compartilham conseguem entender", complementa Janete, do Centro de Atendimento Psicológico.

A campanha Amor: adote esta idéia! é uma iniciativa do Instituto Brasilzinho e da revista Kids Mais, que pretende conscientizar a sociedade a respeito deste tocante tema. Conheça a história da Maria Luisa e entenda porque adoção é um ato de amor.



A História da Adoção de Maria Luisa

Maria Luisa, carinhosamente conhecida como Loy, é uma menina com 13 anos de idade, inteligente, extrovertida, prestativa, amorosa e com uma história de vida comovente. Adriane, sua mãe adotiva, após ter perdido sua primeira filha que faleceu com problemas cardíacos, passou por uma série de tratamentos que envolveu mais seis gestações sem sucesso, das quais todas finalizaram com abortamento entre quatro e seis meses de gravidez.


Após vários exames complementares, que faziam parte do protocolo de tratamento, foi diagnosticado uma anormalidade uterina rara, que justificava os abortos e anulava todas as possibilidades de gravidez bem sucedida.

Neste mesmo momento, por motivos que desconhecemos e não somos capazes de julgar, outra mãe que gerava uma menina saudável e cheia de vida a rejeitou e a abandonou. Esta notícia se espalhou na imprensa onde, a Adriane sensibilizada com o fato, pôde ver neste triste acontecimento a esperança de um final feliz. Foi então, quando o casal Luis Antônio e Adriane decidiram lutar pela adoção daquela menina.

Após vários procedimentos que envolveram alguns protocolos legais, finalmente com dez dias de vida, Maria Luisa foi entregue à este casal para adoção. Como se não bastasse este acontecimento maravilhoso, logo após a adoção de Maria Luisa, quando Adriane se preparava para passar por um procedimento cirúrgico de risco, em um de seus exames foi descoberto que mais uma gravidez havia acontecido. A notícia foi um misto de alegria e tristeza, pois todos diziam que esta criança não poderia sobreviver a gestação.

Finalmente, apesar de todas as intercorrências vividas na gravidez, nasceu um bebê prematuro e, milagrosamente, Maria Luisa teve a benção de ter um irmão saudável, o João Pedro, que a ama muito!
Hoje, toda a família define a adoção como sendo um ato de amor, e fazem questão de afirmar que o bem que fizeram não se compara a felicidade que esta criança trouxe para toda a família!




"Não tenho dúvidas de que a Maria Luisa foi um presente de DEUS, pois acredito que Ele está acima de tudo e de todos! Maria Luisa é maravilhosa, e a verdade contada para ela, sobre sua história, quando ela era ainda um bebê, tenho certeza que fez toda a diferença. Logicamente que quando ela era um bebê a história foi contada de uma forma lúdica, onde nós dizíamos que a minha barriga estava doente e, como eu não podia mais engravidar, Deus pediu para que uma estrela a trouxesse e a entregasse para nós. Com o passar do tempo conforme ela ia crescendo, a história foi tomando outro formato, e hoje nós lidamos tranquilamente com a verdade.


Quando resolvemos adotar, por várias vezes nos foi colocado o fato de haver futuramente por parte de Maria Luisa a curiosidade quanto à sua família biológica. Graças a Deus isto não nos incomoda. Para nós, ninguém é de ninguém, pois não podemos interferir nos propósitos de Deus. Procuramos sempre trabalhar o perdão e certamente o amor vai superar tudo."
Adriane Cordeiro Trevisani, mãe.



"Amo minha família, sou feliz por ter sido adotada por eles. Quando crescer tenho vontade de ter filhos adotivos. Hoje, eu tenho duas cacnhorrinhas adotadas!"
Maria Luisa Trevisani




Adoção é um ato de amor.

Amor significa doação, pensar no outro antes de pensar em si mesmo. São tantas histórias bem sucedidas de adoção, de almas gêmeas que se encontraram a partir do ato de adotar, que fica difícil acreditar que muitas pessoas ainda sentem dificuldade e até mesmo desconforto em abordar este tema. Esta é a razão da nossa campanha, mostrar que adoção é algo muito bom, que existem os caminhos da lei para a adoção legal e que o esforço vale a pena, pois a recompensa é valiosa. Há várias formas de adoção. Você pode adotar uma criança, um idoso numa institutição de reabilitação, um estudante através da doação de bolsa de estudos, uma idéia através do incentivo, um cachorrinho abandonado... Todas elas tem uma coisa em comum: todas implicam em amor, em doação! Se existe em você uma pequena centelha deste amor que possa ser compartilhada com alguém, não a deixe morrer. Vá ao encontro deste grande ato de amor, de você para com o outro e receba amor em abundância. Seja feliz!


Colabore conosco. Compartilhe sua história, assim como a Maria Luisa fez, para que outras pessoas sejam sensibilizadas e, quem sabe, muitas outras crianças sejam adotadas.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Dúvidas freqüentes sobre aparelhos ortodônticos

Por Dr. Giancarlo Marcelo Negrissoli





1 - Qual a melhor idade para fazer uma consulta com o ortodontista?

A maioria das pessoas pensa que a correção do dente através da ortodontia deve ser feita na adolescência, porém a primeira avaliação (ortopedia facial) deve ser feita ainda nos dentes de leite por volta dos 3 a 4 anos, quando se pode corrigir  adequando o crescimento do osso. Assim, desde cedo, previnem-se diversos problemas, como doenças periodontais, cirurgias corretivas no futuro, extrações de dentes e tratamentos longos. Não existem limites de idade para fazer o tratamento ortodôntico, é necessário apenas que a pessoa tenha boa saúde bucal, sem cáries ou problemas periodontais (sangramento de gengivas e perdas ósseas).

2 - Eu já coloco o aparelho na primeira consulta?

Não, a primeira consulta é reservada ao exame clínico. Também são solicitados outros exames complementares tais como: radiografias, fotografias e modelos de estudos em gesso (pastas ortodônticas). A partir do recebimento dos exames solicitados, o diagnóstico é firmado e o plano de tratamento é elaborado. A segunda consulta é para esclarecer o tratamento proposto e tirar qualquer dúvida que o paciente tenha.

3 – Como funciona o aparelho ortodôntico?

Os aparelhos ortodônticos funcionam aplicando uma pressão (força ideal) contínua por um período de tempo pré-determinado, de forma a mover lentamente os dentes numa posição determinada.

4 - Eu posso ter cáries ou manchas nos dentes por causa do aparelho?

Se houver cuidado com a higiene, não há problemas, basta seguir as orientações do seu ortodontista e usar corretamente a escova e o fio dental. A limpeza é mais difícil durante o tratamento, mas só depende de você manter os dentes sempre limpos e realizar limpezas (profilaxia) com seu clínico geral a cada seis meses, em média.

5 - Porque existem casos em que quando o aparelho fixo é removido os dentes voltam a entortar?

Para que os dentes se estabilizem e permaneçam na posição desejada, o paciente deverá usar para dormir uma placa de contenção por um ano nos dentes superiores. Em alguns casos, se faz também nos dentes inferiores uma contenção, só que esta é fixa. Um correto ajuste do dentes, durante e após o tratamento ortodôntico, deve ser realizado e determinado pelos profissionais.

6 – Por quanto tempo usarei o aparelho ortodôntico?

Embora seja difícil prever o tempo exato, pois ele depende de vários fatores (principalmente a particularidade de cada pessoa), em média leva de 12 a 36 meses.




Dr. Giancarlo Marcelo Negrissoli
Av. Paraná, 6357 | 44 3623 2595 | Umuarama-PR